Ouvi vozes chamando meu nome. Não, não o meu nome. Meu apelido. Ninguém me chama pelo nome, apenas minha família. Levou tempo até entender que eu não estava em casa. De todo modo, aquilo não fazia sentido. Principalmente porque eu conseguia ouvir, mas meu corpo não respondia ás minhas vontades. Finalmente abri meus olhos e me deparei com algo que eu nunca tinha visto antes. Aquilo deveria ser um sonho, uma ilusão de óptica, pois a realidade que eu conheço, certamente jamais estaria próxima do cenário que vi. Das duas opções, uma: ou eu estava ficando louca, maluca de pedra; ou eu havia sido sequestrada. O que minha mãe diria se estivesse em meu lugar? Ela gritaria por ajuda. Eu me levantei, procurei uma saída com meu olhar... e corri.